Adeus, Adílson

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

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    O que era esperado aconteceu. Adilson Batista não é mais o técnico do Santos Futebol Clube. Demissão de um profissional de futebol, que pra início de conversa, não deveria nem ter vindo. Apesar de ter treinado dois clubes grandes (Corinthians e Cruzeiro), Adílson, foi contestado nos dois clubes por quais passou. No Cruzeiro perdeu uma Libertadores para o Estudiantes, em pleno Mineirão. Mais recentemente pelo Corinthians ele substituiu Mano Menezes, que foi pra seleção Brasileira. No seu 1º jogo como comandante do timão, a equipe estava em 1º lugar no Brasileirão 2010. Ficou 3 meses no cargo. E em seu último jogo, contra o Atlético-GO, derrota por 4 a 3, o que culminou na sua demissão. De primeiro colocado, Adilson, quando deixou o Corinthians ficou em terceiro lugar. Nada de muito otimista.
    O Santos teve praticamente 6 meses para escolher seu futuro treinador, depois do episódio entre Dorival Jr. e Neymar, que culminou a demissão do treinador. O mais pretendido era Abel Braga, mas por questões contratuais no mundo arábe, Abel não poderia se desligar do seu clube. Adilson Batista foi anunciado em Novembro de 2010, quando a equipe ainda estava disputando o Brasileiro. Adilson foi conhecendo o grupo e aos poucos entrando em sintonia com os jogadores e o grupo de diretores. Foi pedindo alguns jogadores para o elenco, como foi o caso de Jonathan e o volante Charles. Elano, Aranha, Maikon Leite foram outros reforços do time. Era o melhor do Brasil, mesmo antes da equipe entrar em campo.
   Começou a temporada e o Santos jogava bem, vencendo as partidas e fazendo muitos gols. Notava-se que Adilson não mudou em nada o estilo de jogo do Santos. Até que veio o primeiro jogo da Libertadores contra o Deportivo Táchira, na Venezuela. Primeiro jogo com o meninos que estavam no Sul-Americano sub-20. Esquema totalmente diferente, com 3 volantes, e com um futebol medíocre. Resultado final 0 a 0 em um jogo que podia ganhar fácil de uns 3 ou 4 a 0. Muitas críticas de torcedores, torcedores de verdade, vieram a tona no dia seguinte. No clássico contra o Corinthians foi a mesma coisa. A equipe estava mal taticamente e não rendia o esperado. Derrota por 3 a 1. Esperava uma melhora no time para os próximos confrontos. E a torcida continuou protestando bastante, até que uma padaria muito famosa na cidade de Santos, estendeu uma faixa no estabelecimento pedindo a demissão do treinador. Adilson até ironizou e disse que nos próximos dois jogos seria duas vitórias e que iria tomar um café nessa mesma padaria.

A faixa estendida pedindo a saída de Adílson


   O 1º jogo e a possível vitória foi contra o São Bernardo. E veio um empate, em mais um jogo sofrível. Adilson mostrou que não estava apto pra ser comandante do Santos. No caso de sábado, quando o jogo estava 1 a 1 ele fez a chamada mudança "6 por meia dúzia". E que de adiantou em nada.
    E neste domingo, não teve jeito, por voltas das 19h, oficialmente Adilson Batista não era mais o técnico do Santos. Muitos podem achar exagerado e equivocada a saída do treinador. Eu diria que foi na hora certa. A diretoria percebeu que o erro foi ter trazido o treinador e ao menos teve a dignidade de consertar o erro antes que seja tarde. Adilson não é um técnico de dirigir grandes clubes do Brasil, tem muito chão pra ele chegar nesse nível.


Cássio Lyra (@CassioLyra_)
 
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