No Centenário, um terceiro lugar: relembre a campanha do Corinthians no Brasileirão

Na última partida do campeonato, o Corinthians ainda lutava pelo título, mas apenas empatou com o Goiás por 1 a 1 e ficou na terceira colocação. Foto: Marcos Ribolli/GloboEsporte

Um desacreditado Corinthians, eliminado pelo Flamengo na Libertadores, que perdeu Mano Menezes para a Seleção, teve péssima campanha com Adílson Batista e voltou aos trilhos com Tite, conseguiu um bom terceiro lugar no Campeonato Brasileiro, disputando o título até a última rodada.

Nos últimos jogos, com a volta de Ronaldo, o Corinthians conseguiu bons resultados, mas não suficientes para a conquista do título. Foto: Reprodução

Com Mano Menezes

O Corinthians começou o campeonato muito bem, com o excelente Mano Menezes no comando, e vitória sobre o Atlético-PR por 2 a 1, no Pacaembu. As rodadas iam passando, e o Timão estava cada vez melhor, vencendo quase todas as partidas em casa. O problema era, mesmo, os jogos fora (tinha apenas uma vitória, ante o Grêmio, 2 a 1). Mas isso não importava, pois o Coringão só crescia, sem perder no Pacaembu, e liderando, em boa briga com o Fluminense.

Até que veio a Copa do Mundo, com a pausa no torneio. E após a eliminação do Brasil para a Holanda e a demissão de Dunga, a Seleção estava buscando um novo técnico. Mesmo sendo a segunda opção, Mano Menezes aceitou assumir o selecionado nacional, mas o Timão não ficou sem treinador por muito tempo...

Após a saída de Mano Menezes para a seleção, o Corinthians desandou. Foto: Ricardo Nogueira/Folha Imagem

Chega Adílson Batista

A primeira escolha dos dirigentes do Corinthians foi Adílson Batista, e o técnico aceitou a proposta. A campanha não podia ser pior. O ex-cruzeirense teve estreia contra o maior rival do clube, o Palmeiras, e empae por 1 a 1.

Com altos e baixos, o alvinegro começou a piorar "de vez". Passou sete jogos sem vitórias, e após ser derrotado para o Atlético-GO por 4 a 3 no Pacaembu, perdeu o técnico, demitido depois de muitos protestos da torcida.

Para seu lugar, um interino, Fábio Carille, técnico do qual Andrés Sanchez, presidente do clube, nem lembrava o nome. E o ex-auxiliar de Adílson começou com mais uma derrota, para o Vasco, 2 a 0, em partida adiada pelo centenário do Timão.

A passagem de Adílson Batista pelo Timão não poderia ter sido pior. Foto: Agência Estado

Era Tite

Então, chegou Tite, que já treinou o Corinthians, em 2004. E ele foi o" salvador da pátria", estreando, por coincidência, contra o Palmeiras, mesmo time que Adílson Batista enfrentou no seu primeiro jogo pelo clube. E vitória: 1 a 0, gol de Bruno César.

Até o fim do campeonato, Tite não perdeu no comando do time do Parque São Jorge: 8 jogos, 5 vitórias e 3 empates, que fizeram com que o clube terminasse o Brasileirão em terceiro, com 68 pontos, atrás apenas de Fluminense e Cruzeiro.

A equipe mais regular do campeonato (passou o torneio inteiro nas três primeiras posições), comandada por Ronaldo nos últimos jogos, se classificou para a pré-Libertadores, e enfrentará o "Colômbia 3" buscando uma vaga na fase de grupos.

Tite foi o "salvador da pátria" no Timão. Foto: Rubens Cavallari/Arquivo Folha

Por: Gabriel Araújo (@gabriel_araujo1)
Agência Esporte